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sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Ócio

Amanheceu, acordei
Com um ar de quem não queria
Nem mesmo pensar nisso

No teto listrado
Ora vermelho, ora branco
Devagar vou despertando
Sem ­querer, lembro quem sou
Também sei que o dia começou
Ou melhor, a tarde...
Longas horas terão de se passar

Ai é que o desânimo bate
A vontade de não acordar
Se torna ainda mais intensa
Bate no peito, estala com força

Arrastando as horas, vendo o tempo passar
Aqui estou, acordado
Com um vazio na mente
Sem saber o que esperar
Sozinho e sem perspectiva

Para que tanta reflexão
Se o dia já passou
A dor forte na cabeça
Pressiona sem pena de mim

Não há como resistir
E no fim das horas
Eis o fruto de todo ócio
Nessas linhas jogadas a vocês

Como quem quer desabafar
Mas a dor não quer deixar

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