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Palavras Exiladas No Facebook

terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Dois

Tava aqui pensando em ontem,
No seu sorriso-medusa, perfeito.
No sofá... que aconchego!
No nosso fica-não-vai, titubeei...

Tava aqui que não me aguentava
Em manter o bem dentro de mim
E lembrei-me de quem extravasava
E decidi grafar, sim

Em um texto poético,
Poeta que tento ser
A alegria que fico,
É minha, me deixa viver!

terça-feira, 11 de novembro de 2014

Inato Destino

Mais uma noite
Sentimento Inefável
Difere, é incomum

Não dá com a malemolência
Que reina gradativamente

A capacidade de igualar
Assemelha-­se a de uma utopia
Se tornar realidade física

É assim, e talvez não irá mudar
Qual fora o martírio, ou pecado?
Sabe­-se lá....

Em suma, há de ser
Embora soe inverossímil
Planeios pérfidos

De um destino implacável

sábado, 13 de setembro de 2014

Luto

Noite de Luto
Duas luzes vermelhas
Acopladas no alto de um prédio
Juntas e ao mesmo tempo isoladas

Em volta, um escuro infinito
No topo de um silêncio mortal
Da janela eu vejo essa cena
Que me parece surreal


sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Distância

Tento ver em você o que me fez
Perder de vista a razão
O mundo ficou para trás
Ah, como ficou distante...

Lá no alto vejo estrelas cintilando
A iluminar meu coração
De perto, não é a mesma coisa
Mas continua a transmitir o amor

Sei que meu coração dispara
Sem ritmo, sem frequência
Apenas dispara sem parar
Como quem procura o sentido

Porque, eu ainda não sei
Mas vou descobrir

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Don Juan

O amor é a melhor e a pior coisa que existe
Quem nunca o experimentou?
Mesmo que o seu não seja dos melhores
Pra você, é amor e isso basta

O extremo da paixão
O limite entre a loucura e a razão
Que faz a cabeça girar e sair do eixo
O fundo do poço e o seu ponto mais alto

O amor quando é amor
Balança com vontade o coração
Há quem seja dotado 
De um romanticismo completamente incurável
E extremamente contagioso
Esses sim, se é que existem
Realmente sabem o que é o amor.

terça-feira, 5 de agosto de 2014

Ressurreição

Sempre pensei que daria certo no final
Como nas histórias, onde tudo acaba bem
Pode ser que não seja bem assim
A realidade consegue ser bem sombria

Os problemas mais parecem monstros indestrutíveis
Prontos para nos engolir por completo
Nos silenciar para sempre
Se não há resistência, não há vida

Resistir é complicado demais
E com a confusão dos pensamentos
Agrava ainda mais a situação
A um ponto quase inevitável do fim

E nasce um anseio de fuga
Daquela cratera escura e sombria
Que durante muito tempo
Foi o refúgio de tudo e todos

Enfim, sair e ser livre
Ser como todo mundo
Viver uma vida comum
Ah! Como gostaria...

sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Ócio

Amanheceu, acordei
Com um ar de quem não queria
Nem mesmo pensar nisso

No teto listrado
Ora vermelho, ora branco
Devagar vou despertando
Sem ­querer, lembro quem sou
Também sei que o dia começou
Ou melhor, a tarde...
Longas horas terão de se passar

Ai é que o desânimo bate
A vontade de não acordar
Se torna ainda mais intensa
Bate no peito, estala com força

Arrastando as horas, vendo o tempo passar
Aqui estou, acordado
Com um vazio na mente
Sem saber o que esperar
Sozinho e sem perspectiva

Para que tanta reflexão
Se o dia já passou
A dor forte na cabeça
Pressiona sem pena de mim

Não há como resistir
E no fim das horas
Eis o fruto de todo ócio
Nessas linhas jogadas a vocês

Como quem quer desabafar
Mas a dor não quer deixar